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PESQUISA DA FECOMÉRCIO RJ MOSTRA TERCEIRA QUEDA NO NÚMERO DE EMPRESÁRIOS INADIMPLENTES NESTE ANO

O levantamento constatou uma redução do número de empresários inadimplentes e o aumento da expectativa pela estabilização nos negócios, sinalizando otimismo por parte do empresariado do estado do Rio

A confiança dos empresários do comércio de bens, serviços e turismo do estado do Rio quanto à melhora em seus negócios no próximo trimestre apresentou leve redução em dezembro, após alta registrada em novembro. É o que revela a nova pesquisa da Fecomércio RJ com comerciantes do setor, realizada entre os dias 1º e 6 de dezembro, com a participação de 274 empresários. Apesar da pequena queda, o levantamento constatou uma redução do número de empresários inadimplentes e o aumento da expectativa pela estabilização nos negócios, sinalizando otimismo por parte do empresariado do estado do Rio.

Com boa parte da população adulta vacinada no estado, mesmo com algumas restrições, a expectativa sobre a retomada econômica se consolida e continua animando os empresários. 58,7% dos empresários consideram que, no último trimestre, houve uma estabilização ou melhora na situação de seus negócios. Para os próximos três meses, 72,9% dos empresários esperam que a situação melhore, seguidos de 20,4% que aguardam uma estabilização e 6,5% esperam uma piora.

Questionados sobre a demanda nos últimos meses pelos serviços das empresas, o índice dos que constataram um aumento apresentou leve queda: de 27,5% (novembro) para 20,8% (dezembro). O índice dos que tiveram uma estabilização nas demandas permaneceu praticamente igual ao mês anterior: de 34,6% (novembro) para 33,6% (dezembro). Já o número de empresários que notaram uma diminuição na procura por serviços/bens aumentou de 37,9% (novembro) para 45,6% (dezembro).

Quando questionados sobre os principais fatores que atualmente limitam o seu negócio, 49% dos empresários apontam a insuficiência de demanda e outros 43,2% indicaram as restrições financeiras. Além disso, para 10,1% a falta de mão de obra é um dos principais impeditivos e por fim, a falta de mão de espaço e/ou equipamentos é apontada por 9,3% dos entrevistados.

Empregos

Em relação ao quadro de funcionários nos últimos três meses, 17,9% afirmam que diminuiu bastante e outros 17,9% dos entrevistados informaram que diminuíram de alguma forma. Além disso, apenas 7,6% disseram que houve algum tipo de aumento das contratações. O índice de emprego presente se encontra no segundo maior nível desde o início da pesquisa, com 77,4 pontos, um crescimento de 12,7 pontos em relação a dezembro de 2020. Na demanda, esta variação é de 12,4, enquanto a situação do negócio presente apresenta maior evolução, tendo crescido 17,6 pontos no período.

Em dezembro, 58% afirmam que esperam manter o número de empregados pelos próximos três meses, índice semelhante ao de novembro (61,4%). O percentual de empresários que devem demitir está em 21,1%. Outros 20,8% de entrevistados devem aumentar de alguma forma seu quadro de funcionários nos próximos meses.

Preço dos fornecedores e estoques

De acordo com os comerciantes, os preços dos fornecedores se mantiveram em patamares altos: 90,5% perceberam algum aumento nos preços – a percepção está adequada com o índice de preços para região metropolitana do Rio de Janeiro, acumula 9,36% em 12 meses. Além disso, para o Instituto Fecomércio de Pesquisas e Análises (IFec RJ), essa percepção no aumento dos preços, por parte dos fornecedores, já pode indicar um reflexo de altas nos custos devido ao valor dos combustíveis e também da energia elétrica.

Em relação ao abastecimento dos estoques, no último trimestre 43,2% dos empresários afirmaram que ficou abaixo do planejado, a ponto de fazerem novos pedidos, representando uma leve retração na situação presente. Para 44,4%, a quantidade se manteve em relação ao esperado, e apenas 12,5% ficaram com estoque acima do planejado.

Inadimplência

O índice de inadimplentes ou muito inadimplentes entre as empresas é de 27,7% nesta sondagem. Desse total, 66,1% dos entrevistados estão com mais de um tipo de inadimplência. O número de empresários que não ficaram com restrições apresentou nova alta, atingindo 55,1%. É a terceira vez, em 12 meses, que o percentual ultrapassa os 50%. Entre os que ficaram inadimplentes, os gastos são associados a fornecedor (34,8%), aluguel (25,2%), bancos comerciais (33%), tributos federais (30,4%), parcelamentos de tributos com pagamento interrompido (23,5%), luz (25,2%) e Previdência/INSS patronal (19,1%).

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