Linhagem BA.2 já é responsável por 65% dos novos diagnósticos de Covid-19 da Dinamarca
Os casos de Covid-19 provocados pela sub-linhagem BA.2 da Ômicron estão aumentando em vários paises do mundo. Diante deste fato, a OMS pediu aos países que priorizem as investigações sobre o subtipo. O objetivo é descobrir como funcionam as propriedades de escape imunológico e virulência.
"A partir de 24.01.2021, a linhagem descendente BA.2, que difere de BA.1 em algumas das mutações, inclusive na proteína spike, está aumentando em muitos países. Investigações sobre as características de BA.2, incluindo propriedades de escape imunológico e virulência, devem ser priorizadas independentemente (e comparativamente) a BA.1.", destacou a entidade, em seu site.
Esta sub-linhagem da Ômicron foi detectada na Austrália, África do Sul e Canadá. Agora, ela já está presente na Índia, Reino Unido e Dinamarca. O que chama a atenção da OMS é que na Dinamarca a BA.2 já representa 65% dos novos casos de Covid-19, com a linhagem original (BA.1) em declínio, segundo o jornal americano The Washington Post.
Ainda não há nenhuma evidência de que o subtipo da Ômicron seja mais virulento, se espalhe mais rápido ou escape da imunidade melhor que o BA.1.
Robert Garry, virologista da Tulane University School of Medicine, disse ao The Washington Post que não há razão para se pensar que o subtipo seja muito pior que a versão original da Ômicron.
Uma das maneiras de detectara Ômicron "original" é pelo exame PCR que analisa três partes do vírus — o teste não consegue identificar o gene que produz a proteína Spike, mas detecta as outras duas partes, indicando um resultado para Covid-19 provocada pela Ômicron. No entanto, a sub-linhagem possui alterações genéticas que impossibilitam esse diagnóstico diferencial, havendo necessidade de sequenciamento do genoma do vírus para indicar se a infecção foi provocada ou não pela Ômicron BA.2.
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