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O FUTURO DO PORTO DE ANGRA EM DISCUSSÃO

Empresários mineiros querem recuperar a linha férrea ligando Barra Mansa a Angra. Prefeito vai a Brasília em busca de apoio para o projeto

O futuro do Porto de Angra esteve em discussão, na tarde de segunda-feira (14), durante um evento realizado pela Secretaria de Desenvolvimento Econômico, no Centro de Estudos Ambientais (CEA). O mote principal do encontro foi a intenção do Porto Seco de Varginha, localizado no sul de Minas Gerais, investir na recuperação do trecho da linha férrea ligando Barra Mansa a Angra dos Reis, o que garantiria um aumento expressivo de movimentação de cargas no terminal angrense.


Inicialmente, um dos diretores da Splenda Offshore, administradora do Porto de Angra (Tpar), fez uma apresentação mostrando um pouco da história e do funcionamento do terminal angrense e a intenção de torná-lo um porto multiuso (offshore, serviços, carga em geral e turismo).


O representante da Splenda também informou sobre a situação atual do trecho de 106 km da ferrovia que liga Barra Mansa a Angra. Em 2017, a VLI Multimodal S.A. procurou a Agência Nacional de Transporte Terrestre (ANTT) e manifestou o desejo de devolvê-lo. De acordo com o diretor da Splenda, a manifestação baseou-se em um estudo de demanda desatualizado, sem considerar o café e insumos.


Agora, com a parceria firmada entre o Tpar e o Porto Seco de Varginha, o objetivo é sensibilizar os Ministérios da Infraestrutura e da Defesa, Companhia Docas, Governo do Estado do Rio, Prefeituras, lideranças de trabalhadores e empresários sobre a relevância econômica e estratégica da ferrovia Varginha-Angra.


Em seguida foi a vez do administrador do Porto Seco apresentar as instalações de seu empreendimento e explicar como funciona o terminal que somente neste ano faturou cerca de R$ 14 bilhões.


O empresário deixou claro seu objetivo de criar um corredor logístico estratégico ligando o Porto Seco a Angra, por meio do modal ferroviário, o que garantiria maior segurança e uma redução significativa do custo do frete em comparação com o transporte rodoviário.


- Hoje temos um potencial muito grande de unir um porto seco a um porto molhado com a importação, exportação, cabotagem e turismo. Com isso tudo junto e centrais de logística em Varginha, Lavras, Barra Mansa e Angra dos Reis, nós vamos fazer um corredor imbatível – afirmou o empresário, exportador de café e administrador do Porto Seco de Varginha, informando ainda que o projeto, inicialmente, custará cerca de R$ 200 milhões.


Para tentar resolver o imbróglio envolvendo a recuperação da linha férrea, o prefeito de Angra e a deputada estadual da cidade irão a Brasília, nesta semana.


- Estou tentando uma reunião com um senador e com o Ministro da Infraestrutura. Queremos que, ao invés de devolverem o dinheiro para a União, reconstruam a nossa ferrovia, o que vai possibilitar tudo o que vimos aqui hoje – informou o prefeito.

Ele também lembrou de uma ação importante do Governo Municipal para garantir mais competitividade ao porto.


- A Prefeitura enviou recentemente um projeto para a Câmara Municipal para que ficássemos mais competitivos, a exemplo de outros portos que, ao invés de 5%, têm 2% de ISS. Foi aprovado por unanimidade – ressaltou o prefeito.


O secretário de Desenvolvimento Econômico ressaltou o trabalho em conjunto que vem sendo realizado por Prefeitura, Câmara, Splenda e empresários para movimentar o porto.


- Buscamos essa parceria porque é importante para Angra, é importante para os portuários. Queremos resgatar o porto, que fica bem localizado, entre Rio e São Paulo, com uma área vazia no centro da cidade. A ferrovia diz que não é viável recuperar a linha férrea, mas hoje aqui provaram que é sim. Podem vir cargas do sul de Minas e também de Volta Redonda – disse o secretário.


Para os portuários que acompanharam atentamente as apresentações e discussões a esperança de ver o porto funcionando plenamente e gerando empregos é bem alta.


- É o renascimento do porto. Com a reconstrução desse trecho, automaticamente o porto irá deslanchar, teria carga do sul de Minas e a própria carga de Volta Redonda. Saio daqui renovado, acreditando que o porto vai voltar a existir – comemorou o presidente do Sindicato dos Estivadores.


Também estiveram presentes o presidente da Câmara Municipal, a líder do Governo no Legislativo, acompanhados de mais quatro vereadores.

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