Evento celebra Patrimônio Cultural Carioca de Natureza Imaterial com mesa de conversa, desfile e saída de foliões
Neste domingo (27), o Museu de Arte do Rio, em parceria com a Prefeitura da Cidade do Rio, via Secretaria Municipal de Cultura, comemora o Dia do Clóvis - também conhecidos como bate-bolas - com uma programação gratuita no pilotis, incluindo mesa de conversa, desfile e saída dos foliões.
Bate-bola é o nome das fantasias carnavalescas característica do subúrbio carioca, uma tradição considerada patrimônio cultural em bairros das zonas Norte e Oeste.
O evento tem início às 14h30, e entre os convidados do primeiro papo estão Priscila Andrade, professora, pesquisadora, designer da PUC-Rio, e Aline Valadão, doutoranda no Programa de Pós-Graduação em História da Arte da UERJ, mestre em Arte e Cultura Contemporânea pelo PPGARTES/ UERJ e especialista em Moda e Estudos da Indumentária. O secretário municipal de Cultura Marcus Faustini será o mediador.
Outro destaque na agenda, às 15h, será a saída dos bate-bolas da Associação Cultural das turmas de Bate-Bola RJ e da Liga Independente Carnavalesca Clóvis de Bate-Bola, seguido de um desfile com o Bloco Cordão da Bola Laranja. Por ali vai haver barraquinhas de comida e artesanato.
Os bate-bolas, grupos de foliões típicos do subúrbio, foram declarados Patrimônio Cultural Carioca de Natureza Imaterial pela Prefeitura do Rio em 2012 e seguem alegrando as ruas por onde passam com suas roupas coloridas e seu modo irreverente de festejar. O decreto n°35134 ressalta a importância dos grupos como personagens do Carnaval e ainda a capacidade popular de produzir uma manifestação tradicional como forma de resistência à massificação da folia.
Pela primeira vez, os grupos de bate-bola foram mapeados pelo poder público, por iniciativa do secretário municipal de Cultura do Rio, Marcus Faustini. Isto aconteceu ao longo de 2021. A Secretaria Municipal de Cultura entregou um certificado a cada um dos 400 grupos de Bate-Bola que se cadastraram na Prefeitura.
“A partir deste mapeamento, será possível criar políticas públicas para os bate-bolas, que nunca tiveram o devido reconhecimento”, diz Faustini. Cada grupo reúne, em média, cem integrantes, somando quatro mil pessoas.
Para o Diretor e Chefe da Representação da OEI no Brasil, Raphael Callou, a iniciativa é uma ótima oportunidade de aproximar o espaço museal e a cultura popular carioca.
“Os bate-bolas são muito importantes no cenário cultural carioca e muito presentes no subúrbio da cidade. Nesse sentido, a parceria com a Prefeitura do Rio e com a Secretaria Municipal de Cultura viabiliza a nossa missão de ser um espaço artístico plural, aberto ao diálogo com todos e conectado com o território que habitamos”, afirma.
O Museu de Arte do Rio
Iniciativa da Prefeitura do Rio em parceria com a Fundação Roberto Marinho, o Museu de Arte do Rio passou a ser gerido pela Organização dos Estados Ibero-americanos (OEI) desde janeiro deste ano, apoiando as programações expositivas e educativas do MAR a partir de um conjunto amplo de atividades para os próximos anos. “A OEI é um organismo internacional de cooperação que tem na cultura, na educação e na ciência os seus mandatos institucionais, desde sua fundação em 1949.
O Museu de Arte do Rio, para a OEI, representa um instrumento de fortalecimento do acesso à cultura, intimamente relacionado com o território, além de contribuir para a formação nas artes, tendo no Rio de Janeiro, por meio da sua história e suas expressões, a matéria-prima para o nosso trabalho”, comenta Raphael Callou, diretor e chefe da representação da OEI no Brasil. Após o início das atividades em 2021, a OEI e o Instituto Odeon celebraram a parceria com o intuito de fortalecer as ações desenvolvidas no museu, conjugando esforços e revigorando o impacto cultural e educativo do MAR, onde o Odeon passa a auxiliar na correalização da programação.
O Museu de Arte do Rio tem o Instituto Cultural Vale como mantenedor, a Equinor como patrocinadora master, o Itaú como patrocinador, o Grupo Renner e o Instituto Yduqs - Estácio de Sá como apoiadores, todos por meio da Lei Federal de Incentivo à Cultura. A Escola do Olhar conta com o patrocínio da Wilson Sons e Machado Meyer Advogados via Lei Federal de Incentivo à Cultura. Por meio da Lei Municipal de Incentivo à Cultura – Lei do ISS, é também patrocinada pelo RIOgaleão e Icatu e tem a Cultura Inglesa como apoiadora Educacional. A Globo e o Canal Curta são os parceiros de mídia do MAR.
O MAR conta ainda com o apoio do Governo do Estado do Rio de Janeiro e realização da Secretaria Especial de Cultura, Ministério do Turismo e do Governo Federal do Brasil, por meio da Lei Federal de Incentivo à Cultura. Outras informações em www.museudeartedorio.org.br
Serviço:
Data: 27 de novembro
Local: Pilotis do MAR
14h30- Mesa de conversa sobre a cultura e história dos bate-bolas com as convidadas Priscila Andrade, professora, pesquisadora, designer PUC-Rio e Aline Valadão, doutoranda no Programa de Pós-Graduação em História da Arte da UERJ, mestre em Arte e Cultura Contemporânea pelo PPGARTES/ UERJ e especialista em Moda e Estudos da Indumentária. A mediação será de Marcus Faustini, Secretário de Cultura da Cidade do Rio de Janeiro;
15h-Saída dos bate-bolas da Associação Cultural das turmas de Bate-Bola RJ e Liga Independente Carnavalesca Clóvis e Bate-Bola no pilotis do MAR;
16h- Desfile com o Bloco Cordão da Bola Laranja;
17h- Encerramento da celebração.
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