O pastor Valdemiro expos a possibilidade de terceirizar os trabalhos feitos por fiéis, diante de uma greve
Ainda que a Justiça do Trabalho tenha reconhecido o direito de greve dos funcionários da Igreja Mundial do Poder de Deus, o movimento pode acabar em milhares de desempregados.
Filiados ao Sindicato dos Empregos em Instituições Beneficentes, religiosas e filantrópicas de São Paulo, os grevistas estão há sete dias de braços parados, por atraso nos salários e vale alimentação. A greve tem data parta acabar: dia 19.
No entanto, para driblar a falta de funcionários, a equipe de Valdemiro Santiago, líder da Igreja, está contratando freelancers. Para garantir que pagará os salários até dia 20, a Igreja cedeu de garantia um imóvel de R$ 24 milhões localizado no Rio.
"Um time de futebol atrasa salários por seis meses e não acontece isso (a greve)", pregou Valdemiro no púlpito. Na Igreja, se atrasar três, quatro, cinco dias, acontece isso (a greve). E xingam, e ofendem a nossa honra, e a da nossa família", afirmou o religioso.
"Tô muito chateado com tudo isso. Infelizmente a gente que emprega milhares de trabalhadores, a gente vai ter que comunicar ao Ministério do Trabalho: acabou. Não vamos contratar mais ninguém. A gente é de carne e osso. Durante a pandemia a gente fez de tudo para não repetir o que outras empresas fizeram (redução salarial). Então, o que a gente vai fazer? A gente vai terceirizar; vamos contratar uma empresa pra cuidar do trabalho da Igreja", disse Valdemiro.
"Eu tenho dó porque muita gente gosta da obra, trabalha aqui porque gosta, faz de coração. Mas não vai ter jeito. Vou ter que acabar demitindo esses também e contratando uma empresa para fazer o serviço da igreja", disse Valdemiro
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