Qatar incluiu em estádios, salas multissensoriais, para atender o público autista.
Acesso às pessoas com mobilidade reduzida, audiodescrição dos jogos e agora espaços de relaxamento para os autistas: com "salas sensoriais" em três estádios e próximas a fan zones, a Copa do Mundo do Catar tenta abrir espaço para um novo público.
O Mundial, que começa no dia 20 de novembro, "será o melhor de todos os tempos e também o mais acessível", prometeu o presidente da Fifa, Gianni Infantino.
Como novidade desta edição, haverá espaços dedicados às pessoas autistas ou que têm problemas de tratamento sensorial instalados em três estádios: Al-Bayt, Education City e Lusail. Outros seis serão acessíveis próximos das principais fan zones e do estádio Education City.
"Às vezes o ambiente (nas arquibancadas) se torna um pouco estressante e estas salas são um ambiente tranquilo e seguro onde essas pessoas podem continuar aproveitando o jogo", explica Hala Ousta, responsável pela acessibilidade na Fifa.
Estes espaços, com capacidade para mais ou menos dez pessoas, que devem dispor de ingressos específicos para elas e um acompanhante, estão todos equipados com grandes janelas polarizadas que permitem continuar assistindo ao jogo em um ambiente tranquilo.
Tapetes coloridos, colchonetes sensoriais, projetores, leds e fibra ótica oferecem muitas atividades as quais as crianças e jovens podem recorrer se estiverem estressados pelo ambiente das arquibancadas.
Isso não quer dizer que estes torcedores ficarão confinados nestes espaços. "Não é uma separação entre eles e nós. É para que eles se acostumem pouco a pouco com os estádios", explica Alison Saraf, envolvida no projeto de um comércio especializado no desenvolvimento e educação de crianças autistas fundado em Doha.
Protetores de ouvido, mantas e brinquedos antiestresse também estão disponíveis para os que quiserem se aventurar nas arquibancadas.
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