Valor bem próximo do apurado no formato da FGV/ETCO, que foi de R$ 1,278 trilhões
De acordo com as estimativas do Instituto Fecomércio de Pesquisas e Análises (IFec RJ), em 2019 a economia subterrânea do estado do Rio de Janeiro representou uma movimentação financeira de R$ 135 bilhões, cerca de 10,3% do valor nacional, projetado em R$ 1,308 trilhões, pelo modelo IFec RJ. Valor bem próximo do apurado no formato da FGV/ETCO, que foi de R$ 1,278 trilhões.
O valor movimentado pela economia subterrânea no estado do Rio em 2019 (U$ 58,5 bi) é compatível com o PIB de países da América Central (Honduras – U$ 58,3 bi; El Salvador – U$ 59,2 bi) e do Leste Europeu (Geórgia – U$ 58,1 bi; Letônia – U$ 61,3 bi). Em relação à comparação com os países, são R$ 135 bi equivalentes a aproximadamente US$ 58,5 convertidos pela PPC (Paridade de Poder de Compra), segundo dados do Banco Mundial. A PPC é a forma mais adequada de comparar o PIB em diferentes moedas.
A economia subterrânea é a nomenclatura utilizada para classificar a realização de atividades (produtos de bens e serviços) não declarados ao Governo ou declarado, mas roubado. Seu objetivo: sonegar impostos; evadir contribuições previdenciárias; driblar normas trabalhistas; e evitar demais custos.
Os dados foram revelados na reunião do Conselho de Combate ao Mercado Ilegal do último dia 13. Idealizado pela Fecomércio RJ, o encontro tem como objetivo debater caminhos para o combate ao mercado ilegal, que tanto prejudica a economia do país e do estado do Rio de Janeiro, em especial.
Durante o encontro, o economista João Gomes, secretário executivo do Conselho de Combate ao Mercado Ilegal e diretor do IFec RJ, afirmou que a economia subterrânea é um dos maiores problemas da economia formal, inclusive prejudicando a retomada econômica após os impactos provocados pela pandemia, o que afeta diretamente não só o comércio legal, mas também a sociedade como um todo.
Para obter uma estimativa do impacto da economia subterrânea no estado do Rio de Janeiro, tendo como base o método desenvolvido pelo ETCO/FGV - que consiste na média dos métodos monetário e de trabalho informal (renda e trabalhadores) -, a equipe do IFec RJ utilizou um modelo estatístico baseado na relação entre o consumo de energia elétrica e o PIB. Vale ressaltar que a estimativa final considera tanto o método do consumo de eletricidade quanto o método do trabalho informal.
O novo modelo é capaz de suprir a ausência de dados monetários ao estimar uma participação pela ótica da produção, ao invés de utilizar uma ótica de demanda. Essa metodologia que analisa o consumo de energia para apurar informações sobre a atividade econômica total já é amplamente utilizada pelo mercado.
Foram consideradas as seguintes variáveis: consumo de energia elétrica (ANEEL), PIB por setores econômicos (IBGE), Preço do petróleo bruto (Ipeadata/Energy Information Administration) e Índice de temperatura média global (NASA).
Fecomércio RJ recebe prêmio nacional de combate à pirataria
A Fecomércio RJ foi agraciada, recentemente, com o Prêmio Nacional de Combate à Pirataria (PNCP), na categoria “Educacional - impactos voltados ao consumidor”. A premiação é uma iniciativa Conselho Nacional de Combate à Pirataria (CNCP), vinculado ao Ministério da Justiça e Segurança Pública, e reconhece acadêmicos e organizações públicas e privadas que se destacaram no combate à pirataria e na proteção aos direitos de propriedade intelectual.
Sobre a Fecomércio RJ
A Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado do Rio de Janeiro (Fecomércio RJ) é formada por 59 sindicatos patronais fluminenses e representa os interesses de todo o comércio de bens, serviços e turismo do estado. O setor reúne mais de 314 mil estabelecimentos, que respondem por 2/3 da atividade econômica do estado e representam 68% dos estabelecimentos fluminenses, gerando mais de 1,6 milhão de empregos formais no total, que equivalem a 60% dos postos de trabalho com carteira assinada no estado do Rio de Janeiro. Além disso, a Fecomércio RJ administra, no estado do Rio, o Serviço Social do Comércio (Sesc) e o Serviço Nacional de Aprendizagem Comércio (Senac).
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