O anúncio foi feito durante audiência pública realizada nesta terça-feira (14/06)
As Comissões de Educação e de Ciência e Tecnologia da Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj) pretendem construir um acordo com a Secretaria de Estado da Casa Civil para o envio à Casa do Plano de Cargos e Vencimentos (PVC) dos servidores da Universidade Estadual do Norte Fluminense. O anúncio foi feito durante audiência pública realizada nesta terça-feira (14/06).
O presidente da Comissão de Ciência e Tecnologia, deputado Waldeck Carneiro (PSB), afirmou que o PCV precisa ser enviado ao Parlamento fluminense para ser votado e sancionado até o dia 30 de junho, data limite para autorizar gastos com pessoal sem ferir a Lei de Responsabilidade Fiscal, em função do ano eleitoral. “Nossa expectativa é conversar com o chefe da Casa Civil e tentar produzir um acordo possível para o governo envie a mensagem para a Alerj já na semana que vem, de forma a garantir os direitos da comunidade acadêmica da Uenf”, disse o parlamentar.
Segundo o reitor da Uenf, Raul Palácio, as bolsas acadêmicas oferecidas pela universidade podem ser prejudicadas pelo atraso no repasse dos duodécimos. “Temos a bolsa permanência, o auxílio retorno, o edital do bandejão para uma alimentação adequada e auxílio moradia dos nossos estudantes. Tudo isso será prejudicado pelo não pagamento de duodécimos, porque sem dinheiro não vamos a lugar nenhum”, destacou.
O presidente da Comissão de Educação, deputado Flávio Serafini (PSol), pontuou que a aprovação do PCV dos servidores deve ser priorizada neste momento. “A gente pretende, de forma emergencial, dar encaminhamento a isso, porque, se não, começaremos a vivenciar o esvaziamento da instituição e a Uenf tem um papel muito importante para a produção de ciência, tecnologia e garantia de acesso ao Ensino Superior no Rio e no Norte do estado”, comentou.
A coordenadora-geral do Sindicato dos Trabalhadores das Universidades Públicas Estaduais do Rio de Janeiro (Sintuperj), Cássia Gonçalves Silveira, reforçou a importância da aprovação do PVC para a classe técnico-administrativa da universidade. “Queremos um tratamento isonômico, mas que seja visto a característica de cada carreira e universidade. A gente vê o quão defasado é o docente, mas o quão defasado também é o técnico, que ganha R$1.400 no final de sua carreira. Queremos trazer o PCV para o debate e aprovar antes do dia 30 de junho”, disse.
Comments