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COMISSÃO DE SAÚDE DA ALERJ COBRA IMPLANTAÇÃO DO PLANO DE ENFRENTAMENTO À TUBERCULOSE NO ESTADO

O Estado do Rio tem a terceira maior taxa de mortalidade pela doença do país

Em audiência pública virtual realizada nesta segunda-feira (09/08), a Comissão de Saúde da Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj) pediu urgência na implementação do plano de enfrentamento à tuberculose no Estado do Rio de Janeiro, criado através de uma lei de autoria da deputada Martha Rocha (PDT), presidente da comissão. O Estado do Rio tem a terceira maior taxa de mortalidade pela doença do país.


"A situação da tuberculose no estado é grave. A gente tem dificuldade no diagnóstico precoce, na continuidade do atendimento e tratamento, e não temos vagas específicas para crianças e adolescentes. A proliferação da doença está sim diretamente ligada à pobreza. Portanto, é um compromisso de todos nós enfrentarmos essa desigualdade social", disse a deputada Martha Rocha. A Alerj já disponibilizou mais de R$ 240 milhões para que o Estado utilize no combate à doença.

Questionado pela presidente da comissão sobre a utilização, o secretário estadual de saúde Alexandre Chieppe comentou que já há ações em curso nesse sentido. "Um montante será usado para reestruturação do Instituto Estadual de doenças do Tórax Ary Parreiras (Ietap). Nós temos problemas com leitos para pacientes graves, também precisamos de leitos de maior complexidade de terapia intensiva e também leitos para pacientes adolescentes e pacientes multirresistentes”, comentou.


A ideia, segundo ele, é dotar o Ietap de leitos suficientes para poder dar conta dessas demandas e transformá-lo num grande complexo destinado ao paciente com tuberculose. "Sobre o Hospital Santa Maria, unidade voltada para o tratamento de tuberculosos, que não foi mencionada no plano, o secretário disse ser importante uma reunião para debater questões específicas ligadas ao hospital.


Representando o Hospital Santa Maria, o dr Carlos Enaldo Pacheco destacou que com poucos recursos seria possível melhorar o atendimento do local: "No Santa Maria, tratamos tuberculose, multirresistente e tuberculose no portador de HIV. Da mesma forma que o Ietap irá receber ajuda financeira, o Santa Maria com muito pouca ajuda, ao meu ver, poderia contribuir ampliando a assistência. Hoje, nós temos 4 andares que poderiam estar totalmente utilizados se tivermos recursos, porque demanda, nós temos".


O vereador e presidente da Frente Parlamentar de Combate à tuberculose da câmara, Paulo Pinheiro (PSOL) lembrou que a tuberculose deve ser tratada não só pela secretaria de saúde, mas por um conjunto de atores, como assistência social. "É preciso reavaliar o enfrentamento da tuberculose no Rio de Janeiro; mostrar para as autoridades que é importante rever as questões sociais. A tuberculose é uma doença que atinge a população mais vulnerável, é uma doença social".


A fala do vereador foi reforçada pelo deputado Waldeck Carneiro (PT). "Essa doença é uma síntese de múltiplas violações dos direitos, como o problema de moradia no Rio de Janeiro. A questão se insegurança alimentar também. É muito importante o esforço da Aerj, dialogando com o fórum da tuberculose, a Secretaria de Saúde, entretanto não será possível enfrentar a doença sem combatermos o principal problema brasileiro e do Rio de Janeiro, que é a miséria e a pobreza." finalizou o deputado.

A audiência contou ainda com representantes da Secretaria Municipal de Saúde, Conselho Estadual de Saúde, Observatório da Tuberculose, Fórum Estadual de Tuberculose, OABRJ e Ministério Público Estadual.

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