O presidente da Alerj André Ceciliano (PT) realizou um evento para sua pré-candidatura na casa de shows Via Music Hall
Candidato ao Senado pelo PT do Rio de Janeiro, o deputado estadual e presidente da Alerj André Ceciliano reuniu mais de 10 mil pessoas, além de 68 deputados e 35 prefeitos de cidades do Rio, na casa de eventos Via Music Hall (antiga Via Show), em São João de Meriti no último sábado (30).
A chapa do Rio aprovada pelo PT é Lula-Ceciliano-Freixo. O PT do Rio, contudo, vem dizendo que o partido não irá apoiar Freixo oficialmente se Alessandro Molon, pré-candidato ao Senado pelo mesmo partido de Freixo, não retirar sua candidatura. O PT nacional, em conversas privadas, diz que o apoio formal está garantido mesmo que Ceciliano e Molon saiam juntos.
Muito aplaudido o o prefeito de Belford Roxo, Waguinho dos Santos, o Waguinho, que é presidente estadual do União Brasil, fez questão de estar no evento e discursar ao lado de Ceciliano, confirmando o apoio do União Brasil ao petista.
Figuras de peso no PT carioca como o ex-senador e vereador do Rio, Lindbergh Farias, o ex-prefeito de Maricá e ex-vice-presidente nacional do PT, Washington Quaquá, as ex-deputadas Benedita da Silva, Inês Pandeló e Cida Diogo, além de Jandira Feghali, do PC do B, participaram do evento.
O presidente Lula, que não foi ao lançamento da pré-candidatura, mandou um vídeo:
— O André pode ser a grande solução para o Rio de Janeiro vencer a violência e voltar a ser o símbolo do Brasil. Não posso pedir votos, mas fica aqui o meu depoimento — disse, antes de um jingle ser executado como os versos "É Lula lá/André aqui".
Outra figura influente nos bastidores na campanha de Castro também chamava a atenção pela presenca: o ex-secretário municipal Rodrigo Bethlem, que já foi aliado do prefeito Eduardo Paes (PSD), estrategista do ex-prefeito Marcelo Crivella (Republicanos) e atuava como consultor de Cláudio Castro. Recentemente, Bethlem passou a assessorar as mídias socias de Ceciliano e chegou a indicar nomes para a equipe de pré-campanha. Antes de o evento começar, ele gravou um vídeo dizendo que Ceciliano “merece todo apoio e prestígio do cidadão fluminense”.
No lançamento da revista “Rio Já”, em outubro do ano passado, no Rio de Janeiro, que reunia alguns dos principais políticos do estado o governador Cláudio Castro já havia feito um afago a Ceciliano, na ocasião, disse que sua “chapa dos sonhos” para o estado em 2022 teria o petista André Ceciliano, presidente da Assembleia Legislativa, como senador, e o deputado federal licenciado Pedro Paulo como vice.
— O Castro-Lula está vivo — comentou uma mulher. Era uma referência a uma possível “dobradinha”, driblando as coligações formais, que políticos fluminenses resistentes a Freixo e ao presidente Jair Bolsonaro (PL) tentar articular de última hora.
Na última semana, Ceciliano disse ter a promessa de Lula de que o PT vai retirar o apoio formal à candidatura de Freixo, caso Alessandro Molon (PSB) lance a sua candidatura ao Congresso, rompendo o acordo anteriormente firmado entre os partidos.
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